Finanças pessoais – renda variável

por | 29 dez 2021 | Outros

Renda variável. Você já deve ter ouvido esse termo por aí, principalmente se você quer começar a investir e ter um rendimento para as suas finanças pessoais.

Seja para qual objetivo for, investir em renda variável é uma opção.

Mas atenção: investimentos em renda variável são considerados mais arriscados pois, não é possível prever o quanto o seu dinheiro irá render.

O artigo de hoje vai te explicar o que é renda variável, quais são as modalidades de renda variável e como você pode investir nelas, de um jeito simplificado.

Então, sem mais demora, vamos lá!

O que não é renda variável?

Decidimos começar explicando o que não é renda variável, pois fica mais fácil de entender.

O que não é renda variável é… renda FIXA!

Mas o que é renda fixa? 

Um investimento é considerado de renda fixa se pelo menos o (1) valor investido (também chamado de principal) é fixo E/OU a (2) quantia que o dinheiro investido irá “render” é fixa.

Isso parece óbvio, mas não é.

Renda Fixa Tipo 1: Rendimento Fixo

Por rendimento, entenda pagamento de “juros”. 

Exemplo: um título do Tesouro Direto que paga 10% de juros ao ano e custa R$ 1.000,00 para investir com vencimento daqui a 5 anos. 

Isso quer dizer que: se eu investir R$ 1.000,00, irei receber R$ 100,00 (10%) por ano.

Mas, posso ganhar mais dinheiro que isso, ou até perder. Como assim?!

Nessa renda fixa, o que é 100% fixo é o “rendimento” anual, mas o quanto eu realmente ganho no final do investimento não necessariamente é fixo.

Isso porquê se, por exemplo,  eu quiser vender meu título do Tesouro Direto antes do vencimento, antes de se passar os 5 anos, eu posso. 

Porém, aí o preço pelo qual eu irei vender pode ser maior que aqueles R$ 1.000,00, ou pode ser menor – vai depender das condições do mercado no momento da venda.

Por outro lado, se eu escolher ficar com o investimento até o fim do prazo, os 5 anos, aí sim, eu receberei de volta no final os mesmos R$ 1.000,00.

Então, o rendimento anual é fixo, mas o valor do dinheiro investido (principal), pode mudar se eu vender antes.

Renda Fixa Tipo 2: Valor Investido Fixo

Há também outro o tipo de investimento em renda fixa que é parcialmente fixo: são as aplicações da poupança, CDBs de bancos e o famoso Tesouro SELIC.

Nesse caso, o valor total aplicado (principal) é fixo e não varia — também considerado por muitos como “não posso perder nada”.

No entanto, o valor do rendimento muda conforme muda a taxa de juros com o passar do tempo.

Exemplo: investimento de R$ 1.000,00 com taxa SELIC de 10% por 5 anos.

No primeiro ano, meu rendimento será de R$ 100,00, caso a taxa SELIC permaneça em 10%.

No início do segundo ano, eu uso esse dinheiro que rendeu para comprar um presente para minha mãe.

Depois, vamos supor que no segundo ano a taxa SELIC suba para 12%.

Então meu rendimento no segundo ano será de R$ 120,00.

Ao final do segundo ano, se eu precisar sacar o dinheiro,  irei sacar os R$ 1.000,00 que apliquei inicialmente mais os R$ 120,00 que rendeu nesse segundo ano.

Se a taxa de juros continuar subindo ou cair, o valor do quanto vai render por ano também irá aumentar ou diminuir, porém o valor inicial investido permanecerá intacto.

Conclusão sobre a Renda Fixa

A renda fixa não é necessariamente 100% fixa: pode ser fixo só o rendimento ou só o valor inicial aplicado.

O que é renda variável?

Já a renda variável não é nada fixa: o rendimento anual — dinheiro caindo na conta — pode mudar e o valor inicialmente investido pode ser muito maior ou muito menor no momento que eu quiser vender e resgatar o dinheiro de volta.

Um bom exemplo é um imóvel.

Imagina que você comprou um apartamento como investimento para 10 anos.

Nesse período, você pode colocar o imóvel para alugar e receber aluguéis todos os meses, ou você pode deixar o imóvel “parado”.

Se você optar por alugar em algum momento, o aluguel cobrado pode subir ou cair.

Além disso, no final dos 10 anos, você pode vender esse apartamento por um preço igual, maior ou menor do que pagou — vai depender do estado do imóvel, da localização, etc — das condições de mercado.

Então, renda variável é todo tipo de investimento que não garante nenhum ganho fixo, nem uma devolução do total que foi aplicado.

Isso pode variar para mais ou para menos. Essa variação é resultado de diversos fatores: expectativa do mercado, desempenho das empresas, gestor, economia, entre outros fatores.

Isso quer dizer que quem investe em renda variável, pode ganhar ou perder dinheiro porque o valor do ativo (ações ou ouro, por exemplo) sobe ou cai durante o período investido.

Apesar de ser um investimento, não dá para saber com antecedência quanto o dinheiro vai render em um certo tempo ou no vencimento.

Por que tem gente que investe em Renda Variável?

Essa é uma pergunta pertinente.

A falta de previsibilidade em comparação com a Renda Fixa não é ruim?

Depende.

Depende de cada investimento específico, mas o grande atrativo da renda varável é a assimetria de risco e retorno.

Em todo e qualquer investimento em renda variável o máximo que você tem a perder é 100%, ou seja, todo o valor que foi investido.

Por outro lado, o ganho potencial é ilimitado. 

Uma ação, por exemplo, pode subir 50%, 100%, 200%, 1.000% enfim… não tem limite para os ganhos.

Por isso que os investidores habilidosos são os que mais ganham do que perdem, mas não necessariamente eles precisam ganhar em todos os investimentos que fazem.

Aqui, para se proteger, a diversificação em vários ativos é bem-vinda.

Tipos de investimentos de Renda Variável

Renda variável pode ser encarada como uma grande categoria de investimentos. Nela existem subcategorias, e, em cada subcategoria, existem diversas opções que você precisa conhecer e, ainda mais importante, estudar.

Para te ajudar a entender essas subcategorias, vamos falar hoje sobre as mais conhecidas, que são: ações, fundos imobiliários e ETFs.

Ações

Uma ação pode ser entendida como um “pedaço” de uma empresa negociada na Bolsa de Valores. As empresas que abrem seu capital levantam recursos para investir no seu crescimento.

Quem investe em ações, recebe em troca parte dos lucros distribuídos — esses recebem o nome de dividendos e são considerados uma renda passiva, entenda melhor aqui — ou ganham com a valorização das ações.

Ações são o tipo mais conhecido de investimentos em renda variável, por isso, é importante conhecer muito bem a empresa e a área que ela está, antes de decidir pela compra.

Fundos Imobiliários

Também conhecidos como FIIs, esses tipos de fundos permitem que você se torne dono ou dona de um pedaço de um imóvel.

Ao investir em um FII, você se torna um cotista, porém, não pode exercer qualquer direito sobre o imóvel e também não responde pessoalmente por qualquer obrigação legal.

Esses fundos têm como investidores pessoas que procuram imóveis como uma maneira de diversificar seus investimentos.

Temos uma diversidade de FIIs no mercado, tais como:

– FIIs de shoppings

– FIIs de lajes corporativas

– FIIs de galpões logísticos

– FIIs de hotéis

– FIIs do setor educacional

– FIIs de hospitais

– FIIs de agências bancárias

– FIIs de fundos

– FIIs de desenvolvimento imobiliário

– FIIs de recebíveis imobiliários

– FIIs híbridos (papel/dívida e tijolo/imóveis físicos)

ETFs

Essa é a sigla para Exchange Traded Funds, fundos de índices negociados na bolsa.

Esses são os fundos de índices cujas cotas são comercializadas na Bolsa de Valores, assim como as ações.

Esses itens replicam ou têm como referência índices da bolsa de valores, tais como o Ibovespa ou o Índice Brasil.

Além disso, um ETF pode ainda corresponder a ações de um único setor/característica específica, como o ETF SMAL11, que são as menores empresas da bolsa brasileira.

Um ETF é composto por uma série de ativos financeiros, administrados por uma gestora (especializada).

Para investir no fundo, cada pessoa compra uma “cota” de participação.

Vamos a um exemplo: se você possui um ETF que tem como referência o índice Bovespa e esse subir 5% em 1 mês, seu ETF terá um desempenho parecido, descontado a taxa de administração.

Agora, caso o índice desvalorize, o mesmo irá ocorrer com a cota do ETF.

Como começar a investir em renda variável?

Para negociar na bolsa, quem deseja se tornar investidor precisar ter uma conta em uma corretora – instituição financeira que é autorizada a operar no pregão.

São elas que recebem as ordens de compra ou de venda e executam as operações na B3 em nome deles.

Em geral, para abrir uma conta em uma corretora de valores será necessário o envio de alguns documentos pessoais de identificação e preencher alguns cadastros.

Com a conta aberta, será possível realizar transferências para que os recursos financeiros possam ser usados na compra de ações.

Muita gente pensa em entrar na renda variável quando os juros estão baixos e a renda fixa remunera pouco.

Mas é importante tomar cuidado para não perder dinheiro.

Primeiro descubra qual seu perfil de investidor para ver se não é muito conservador, o que não é bom para quem quer arriscar na renda variável.

Quais são os riscos?

Lidar com riscos faz parte da vida. E investir em renda variável também é lidar com riscos. Você precisa saber como gerenciar os riscos. É necessário saber qual risco irá enfrentar ao investir. Vamos citar os três mais comuns em investimentos.

Risco de liquidez: não vender um título

Risco de mercado: é o preço cair e o seu investimento desvalorizar

Risco de crédito: é o risco de não receber o valor investido

Quando você consegue identificar o risco do seu investimento, fica mais fácil pensar e analisar como lidar com ele. Por isso, é muito importante que você estude o mercado antes de realizar qualquer investimento.

Em nossa área do blog aqui, você vai encontrar artigos detalhados sobre os tipos de investimento, inclusive sobre criptomoedas e sobre os impostos que você precisará pagar, sobre cada modalidade.

E por falar em impostos, esse é um tema que você não precisará se preocupar. O recolhimento mensal desse tributo, deve ser feito através da DARF e é o investidor quem deverá providenciar a sua emissão, já com os devidos cálculos.

Mas não se preocupe, é para isso que o Velotax existe.

Nós fazemos essa parte complicada para que você possa estudar mais ainda sobre onde colocar o seu dinheiro. Vem conhecer o Velotax logo abaixo. 

E o que é o Velotax?

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O Velotax é seguro?

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Além de ser a melhor plataforma para declarar IR sobre seus investimentos, o Velotax conta com integração direta com a B3 e as maiores corretoras do Brasil para garantir 100% de precisão nos seus cálculos.

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